segunda-feira, dezembro 04, 2006

México sob fraude



As eleições mexicanas deste ano ocorreram em clima muito suspeito em relação ao tratamento dado pelos ditos "organismos internacionais", ao contrário dos observadores em outras situações pelo mundo, como na Bósnia, Georgia e etc., ali o mundo silenciou. Nenhuma declaração de peso, apenas a Comunidade Européia se declarou "peocupada" e o "Repórteres sem Fronteiras" denunciando a "degradação sem precedentes da imprensa do país". Nem confirmando a vitória de Calderon e nem admitindo as fraudes, muito estranho.

Na realidade há muito mais em jogo do que apenas a disputa entre López Obrador e Felipe Calderón, mas o futuro da ALCA. No México a ALCA tem outro nome, mas se trata de um acordo de livre comércio entre o país e os EUA. Muitas indústrias americanas abriram fábricas para montagem de seus produtos no país latino pelo baixo preço da mão de obra e lei trabalhistas rudimentares.

A vitória de López Obrador significaria perigo para os investidores que poderiam amargar prejuízos que eliminariam a vantagem "competitiva" americana no mercado mundial, os EUA precisam muito do México para arriscar um governo desalinhado.

A fraude eleitoral é uma tradição no México e destruiu o tradicional PRI na década de 90 e agora vê crescer pela primeira vez uma esquerda com chances de vitória. A revolta mexicana iniciada em Chipas, hoje estado autônomo, e agora em Oaxaca, em pé-de-guerra, e na posse de Felipe Calderon indicam que o povo mexicano já não aceita as coisas como costumavam ser e podem desistir da institucionalidade e partir para um rompimento mais profundo.

Olhos bem abertos para o que ocorre por lá, pois este é o modelo para toda américa latina, os EUA sempre disseram que o México era um parceiro privilegiado e um exemplo para a implantação da ALCA, e que exemplo!





powered by performancing firefox

Nenhum comentário: