terça-feira, janeiro 02, 2007

Mais Rigotto

Fiquei contrariado com o ponto de vista de ZH e sua complacência com que tratou o ex-governador e seu governo. O Rio Grande do Sul passou a ter mais um governador ruim na sua larga galeria. Germano Rigotto é pintado com cores coloridas como um estadista, um Adenauer dos Pampas, o homem que teria "pacificado"o estado e outros elogios igualmente vazios e falaciosos.

Rigotto fez um governo ruim, muito ruim e para uma gama enorme de gaúchos. Os resultados eleitorais apontam isto, há uma discrepância entre as avaliações e editoriais com o que ocorreu nestas eleições. Vejamos, o governador sequer foi ao segundo turno, seu vice não se elegeu deputado estadual! As urnas avaliaram Rigotto e seu governo.

O ex-governador afirmava desde a campanha de forma forte e incisiva que era a favor da guerra fiscal, que entraria nesta guerra para ganhar! Pelos números da economia quatro anos após se constata que ele perdeu, ou melhor, nós perdemos. Outra galhofa de Rigotto foi a promessa de um posto de saúde por quilômetro e o resultado foi que não somente isto não ocorreu como jamais em quatro anos cumpriu o mínimo orçamentário para a saúde. A principal obra de seu governo melancolicamente não foi concluída, a Rota do Sol, mas isto não o impediu de inaugurá-la várias vezes em vários municípios às margens da rodovia. Aposto que chorou em todas as solenidades.

Rigotto não cumpriu nenhum dos indicadores mínimos em seu governo tanto em saúde, como educação, não pagou precatórios, fornecedores gerais, ou seja aplicou calote em vários segmentos, mas insistiu sistematicamente em colocar em dia os débitos federias tornando o RS proporcionalmente com menos pendências neste âmbito. Só não possui débitos de marqueting, este eram pagos em dia. Isto explica as lindas fotos do governador em todos os jornais da capital. Ficou devendo aos gaúchos a divulgação dos números passados para a equipe de transição e que não chegaram ao público, mas ouve-se que o rombo é enorme. Sem precedentes.

Seu erro foi a omissão, tem pânico de polêmica e fugiu de todas que pode, não enfrentou nenhum dos graves problemas do estado de forma altiva. Para manter maioria na assembléia e calmaria política atirou seu partido ao ostracismo e fez da distribuição de cargos seu único instrumento. Postergou os problemas estruturais e vendeu sua alma ao diabo com o aumento de impostos encaminhando seu isolamento e o resultado recebido na eleição sendo traído pelo ovo da serpente gestado dentro de seu gabinete, o PSDB.

Teve o que mereceu e logo será esquecido, mas chagas irão demorar a sarar.





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