sexta-feira, março 16, 2007

Papeleiras x FEPAM





A coisa vai ficar feia até o final de março no Piratini devido a discussão das papeleiras. Tia Yeda está alvoroçada com o descontentamento do parecer técnico produzido pela FEPAM sobre a silvicultura e que contraria totalmente os interesses das multinacionais envolvidas.

Com o servilismo tão grande como o do vendedor de sapatos (Britto), tia Yeda está prestes a passar por cima do rito legal para que se possa plantar eucalipto (árvore nativa da Austrália) em qualquer lugar, de qualquer jeito em qualquer quantidade.

Ocorre que entre o seu desejo e a realidade está a lei e o parecer técnico da FEPAM. O parecer é um estudo profundo do estado levando em consideração muitos fatores importantes como incidência de chuvas, permeabilidade do solo, tipo de solo, presença de águas subterrâneas, e vários outros como sítios arqueológicos, quilombos e áreas indígenas.

A junção de tudo isto resultou num mapa detalhado com cores contrastantes onde seria alto risco, médio e baixo receber projetos de florestamento no estado. Surpresa! Não coincide com a metade sul ou com as áreas já adquiridas pelas papeleiras. Hahahahahaha.

E agora? Tia Yeda já aponta realizar outro estudo. Como assim outro estudo? Negativo, o Ministério Público está de olho nesta maracutaia e não permitirá que o servilismo pantalhudo comprometa o futuro dos gaúchos.

O mais estranho é que os setores conservadores do estado há poucos meses se debruçaram sobre o futuro do estado no Pacto pelo Rio Grande e Rumos 2015, ali foram apontadas as perspectivas da matriz produtiva do estado e como seria mais adequado o desenvolvimento do estado e da metade sul. Em seis meses estas discussões foram para o lixo, pois a silvicultura não era a prioridade exatamente pelos motivos apontados no relatório da FEPAM. Agora querem mudar tudo, a matriz produtiva que estes setores mesmos propunham e também a prioridade da silvicultura! Incrível.

A processadora de celulose já está instalada no Uruguai e não vai fugir, o problema seria mais facilmente resolvido se elas resolvessem atender aos requisitos e submeterem-se à legislação pertinente. Fazer o certo, afinal, é o mais fácil e o mais indicado.





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