sexta-feira, março 09, 2007

Da Velocidade da luz a Goethe





Esta notícia me chamou a atenção:



A revista científica Nature anunciou que cientistas do NEC Research Institute,
da Universidade de Princeton, nos EUA, realizaram experimentos onde conseguiram
quebrar a barreira da velocidade da luz.



Para atingir a façanha, os
pesquisadores manipularam um vapor com átomos irradiados por laser, o que causou
um pulso que se propagou a uma velocidade 300 vezes superior a da luz. De acordo
com relatos dos que testemunharam o experimento, a impressão é que o pulso saiu
da câmara antes mesmo de ter entrado nela.



No entanto, a teoria da
relatividade formulada por Albert Einstein entra em conflito com este
experimento, uma vez que ela especifica que nada pode viajar mais rápido que a
luz. No entanto, um dos pesquisadores diz que a demonstração não contradiz a
teoria de Einstein. Ela apenas prova que a lenda de que nada pode superar a
velocidade da luz é falsa. Segundo a cientista Lijun Wang, nada com massa pode
viajar mais rápido que a velocidade da luz.

Fico fascinado com o desenvolvimento da ciência e o modo pelo qual as teorias vão se firmando e sendo superadas numa dialética perfeita onde a antitese se contrapões a tese e se constitui numa síntese superior. As teorias são superadas mas nunca completamente, a ciência cresce um passo por vez e em alguns momentos especiais em saltos.

A ciência, academicamente falando, se expõe ao contraditório e se fortalece com ele. Goethe aponta esta questão em Fausto quando ele vende a alma ao diabo em troca do conhecimento até a plenitude. O diabo, Nosferatu, na verdade foi enganado por Fausto por desconhecer a natureza humana de jamais se saciar de conhecimento.





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