terça-feira, julho 24, 2007

Ainda sobre a facistização do Brasil


Lendo no Estadão de hoje uma coluna assinada por Luiz Zanin, percebo que mais gente está se dando conta do novo fenômeno criado ao longo de anos pela mídia na sociedade brasileira. O jornalista constata a fascistização corrente e que se manifestou numa apresentação teatral que aborda o Massacre do Carandirú.
Na peça, um grupo organizado na platéia se manifestou contrário à peça que, segundo este grupo "não apresentava o ponto de vista dos policiais". A encenação foi interrompida não sem acalorados debates na platéia. O diretor manifestou que se quisessem outro ponto de vista que o escrevessem e encenassem.
Para lembrar, 111 presos foram assassinados durante uma rebelião na antiga prisão superlotada do Carandirú. Muitos dos corpos foram achadados dentro das celas fechadas, ou seja, uma chacina sem precedentes na história carcerária no mundoo. Uma barbaridade que ainda encontra gente que defenda.
Mas é rotina ouvirmos manfestações cabais de que só se resolve o problema matando bandido, quase nunca ninguém se interroga quem distingue o cidadão do bandido. Certamente pela cor, não ouvi ninguém defender a morte dos incendiários de índiode Brasília ou dos espancadores da doméstica no Rio de Janeiro. Eram todos brancos e ricos.
Outra barbárie é o sistemático ataque aos Direitos Humanos, existem programas de televisão que cotidianamente martelam ataques grutais a este estatuto fundamental respeitado no mundo todo.
Sem dúvida, algo muito perverso está em gestação no seio da sociedade. Esta face facista tem representação em parlamento de países avançados da Europa e cada dia isto se torna mais real aqui, infelizmente.

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2 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

Agente, existe também uma "forçação" de barra do pessoal dos direitos humanos num país violento como o Brasil.

Agente 65 disse...

Defina forçação, quem é "o pessoal dos direitos humanos".