quinta-feira, novembro 15, 2007

O breve futuro de Yeda


Vevemos a história e pode estar de volta

Quem previsse o fim de Collor nos seus primeiros meses de governo seria chamado de louco ou golpista irresponsável. Collor foi eleito com um partido nanico e formou sua base no congresso no proselitismo e na compra de apoios no varejo. Seu temperamento era motivo de orgulho dos mais reacionários pelo país a fora, chegou a declarar a cor de seu escroto como motivo de orgulho de quem não se furta do bom combate. Vivíamos uma comédia bufa e poucos não se deixaram levar.
O homem caiu, seu principal assessor foi fuzilado (PC Farias), a inflação permaneceu e nada do que prometeu aconteceu parecido com que pregou. O mar de lama cresceu conforme sua aprovação ia caindo vertiginosamente e acabou indo para o impeachment. Um julgamento político lhe tirou a presidência e quase 15 anos depois, Collor foi absolvido na justiça de TODAS as acusações.
O ponto aqui é que , para mim, Collor foi destituído pela falta de base política, desilusão popular dentro de um ambiente de corrupção e desvio de recursos para uso na campanha eleitoral e no financiamento de luxos particulares do presidente (Casa da Dinda).
O paralelo com Yeda é um cenário possível. Ninguém a defende na Assembléia. Se houver retaliação amargará minoria até o final de seus dias. Seu partido inexiste no estado, é um arremedo. Sua popularidade é ínfima e só os masoquistas que ainda a defendem. Por fim o escândalo do DETRAN está ameaçando ir além do PP e seus membros, a qualquer momento a rota do dinheiro desviado do contribuintes pode chegar as verbas de campanha de Yeda, coordenada por um dos presos pela Polícia Federal.
Lembram o quebra pau do marqueteiro de Yeda que recebeu um cheque sem fundo ainda no primeiro turno? Lembra que a vida foi outra para ela quando ficou claro que estaria no segundo turno? Choveu na horta de Yeda após o episódio do marqueteiro. Esta chuva teve que origem?
Agora passemos a analisar esta possibilidade: e se dinheiro da corrupção do DETRAN apareceu na campanha de Yeda?! Bem, neste caso a vaca vai para o brejo. A revolta será gigante e ela pode sim ser destituída. O detalhe é que o seu vice, Paulo Feijó, não assumiria o estado também pois seria parte envolvida e beneficiada pelo suposto esquema. Sabem quem assumiria o governo do estado? Pensem um pouco.
Antes de me chamar de louco, analisem friamente. Pode ser assim como descrevi, pode.


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Um comentário:

Anônimo disse...

Leu na Zeága de hoje a entrevista do "santinho" Dorneu Maciel, o dono do flat onde a PF diz que aconteciam a partilha do Detranoduto???

Que amizade muito próxima dele com o Frederico antunes