domingo, setembro 30, 2007

O bode da Governadora


Tia Yeda quer zero o déficit, mas não combate a sonegação


Em matéria do Correio do Povo de domingo (hoje) a governadora nos fornece mais algumas pérolas que lhe são características. A mídia nesta última semana especula sobre um pacotaço de Tia Yeda, mas nada de se divulgar o que conterá, não foi diferente no Correio de hoje. Existiria um pacote de medidas que zerariam o déficit do orçamento apresentado à Assembléia.
A jogada é clara. Trata-se de colocar o bode na sala, no caso o orçamento deficitário. A partir daí começa a chantagem com a população e deputados para aprovar as barbaridades que virão. A governadora já admite que estará solicitando aumento de alícotas de ICMS, mas segundo ela isto "não poderá ser chamado de tarifaço". Ela ainda quer decidir como chamaremos a reedição de sua sanha tributária. Outra besteira proferida foi afirmar que "sou economista e somente aceitei o desafio de solucionar os problemas do Rio Grande do Sul porque tenho condições para isso", imaginem se não tivesse condições. Ela tem um conceito próprio tão fantástico que por si se basta, isto explica sua arrogância e prepotência.
Por fim declarou a frase incompleta: "Não há outra alternativa", quer dizer, declara de forma clara a todos os setores reacionários do estado que esta é sua última cartada, ou é isto que está propondo ou a volta do petismo. Na verdade ameaça o setor que lhe dá sustentação e pede silêncio e apoio para este grave período, pois se falhar o pior pode acontecer.
Se falhar neste novo pacote político, o governo Yeda irá se terminar. Esperará seu fim de forma melancólica como o fez Sarney. Por isto imagino que a FIERGS, FECOMÉRCIO, FEDERASUL, FARSUL terão outro papel aqui neste episódio, uma prévia disto é o silêncio em relação ao Super Simples que ninguém apoiou os setores produtivos menores nesta luta, mas todos estão unidos contra a CPMF.
A luta de classes no momento a seguir irá se exacerbar, é só esperar para ver.


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