segunda-feira, setembro 10, 2007

Pedágios no RS, um bom negócio para alguns



O Exterminador do Futuro, Antônio Britto, governou (?) o riogrande de 95 a 98 e no finalzinho de seu primeiro ano encaminhou a vergonheira das concessões rodoviárias do estado. Apenas o PT, PSB e PC do B votaram contra na Assembléia Legislativa, perderam por 35 x 9.
O modelo de concessões aprovado por Britto criava sete pólos rodoviários e algumas localidades estão sitiadas por praças de pedágio, ou seja, só dá para entrar ou sair pagando. É o caso de Pelotas e Caxias do Sul. Mas este não foi o único problema, a Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (CAGE) que os contratos assinados pelo governador estavam superfaturados em torno de 60% dos preços de mercado! No pólo metropolitano o índice foi de 97,88%! Nestes contratos Britto "esqueceu" de prever a construção de novas rodovias, duplicações, túneis, pontes, viadutos e iluminação das rodovias. É o modelo paga e não reclama.
Com os preços dos serviço superfaturados, aumenta o preço dos pedágio e o lucro dos consórcios que os administram. Só existe perdedor do lado do consumidor, pra variar. Aliás, a CAGE apontou que a taxa de retorno (TIR, para os íntimos) no contrato calculada em 19% ficou em 43,75% em Caxias, 50,17% em Lageado e 43,28% no Metropolitano.
Estes contratos de pai para filho só encerrariam em 2013, daqui há seis anos apenas. Mas para quem ganha tanto dinheiro no mole seis anos é logo ali. Os concessionários sabem que a mamata pode acabar sem renovação caso um governo "não alinhado" vença as eleições de 2010. Este tema será central naquela embate eleitoral e muitos dos pólos são de grande densidade eleitoral.
Tia Yeda ao chegar ao palácio Piratini teve uma grande idéia, quem sabe renovar agora os contratos e dar tranqüilidade aos seus financiadores de campanha. A isto os fascistas chamam de estabilidade contratual, entende? Bem, como a proposta ficaria muito feia se apresentada de forma objetiva, Tia Yeda resolveu associá-la a uma ameaça. Com a prorrogação de contratos de concessão que só encerrariam em 2013 passando para 2028, ela promete 540 quilômetros de rodovias duplicadas,
construção de 380 quilômetros de terceiras e quartas faixas, 920
quilômetros de ampliações, 27 pontes, 43 viadutos e 13 passarelas. Que lindo. Seriam R$ 700 milhões de investimentos diretos das concessionárias e mais R$ 300 milhões do erário.
O nosso estado possui um índice de rodovias pedagiadas (23%) muito superior a do Brasil (5%), nos EUA (0,2%) ou Europa! É uma festa! Além disto algumas concessionárias foram além do previsto em contrato, realizaram praças de pedágio que não constavam na lei respectiva, como em Farroupilha e Rolante, a mesma lei que determina que a praça de pedágio devem estar longe das área urbanas apesar de não ser o caso de Viamão e Farroupiulha.
O festival de irregularidades está com dezenas de processo judiciais, mas conhecendo o judiciário e sua celeridade no julgamento de questões que envolvam poderosos pode-se imaginar quando irá se pronunciar. Enquanto isto Tia Yeda percorre o estado ameaçando que sem o Duplica RS não haverá investimento nas rodovias do estado, é chantagem para aprovação de uma picaretagem. É uma vergonha!


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