Devido ao post anterior, resolvi investigar um contrato da empresa do secretário Viajandão na Colômbia. Mais precisamente em Bogotá, lá a maravilha se chama Transmilênio e tem o lema: Transmilenio, orgulho capital. Orgulho da capital ou do capital?
Em 2006 a Transmilenio transportou 1,5 bilhões de passageiros em 114 paradas ou estações, 84 km, 995 ônibus, velocidade média de 27 km/h, 2.730.540 km percorridos pela frota e atingindo 302 bairros. Veja aqui.
Em Porto Alegre é um pouco mais difícil achar as informações, como seria de se esperar. Vasculhei o site da EPTC e garimpei o seguinte: em 2006 foram 315 milhões de passageiros transportados, 111.085.416 km percorridos e 1.575 ônibus. Isto apenas nos índices da cidade, sem computarmos os números metropolitanos que certamente devem compor os de Bogotá (pelo número de bairros).
Ou seja, Bogotá teria quase cinco vezes mais passageiros em quarenta vezes menos distância e 63% da frota de Porto Alegre. O sistema lá é muito mais rentável , menor custo operacional e ônibus mais cheios, ou de maior capacidade.
Lá o poder público entrou com a infraestrutura e a operação toda é realizada por empresas. O transporte e manutenção das estações, os contratos e aluguel das lojas, a venda de passagens, enfim todo o resto é privado e o poder público não recebe nada pela operação do sistema.
É o sitema Pilatos, lavo as mãos entrego a população a Deus dará, os investimentos foram pesados e a dívida é da viúva, off course. Viajandão sonha em fazer o mesmo por aqui, mas a sociedade civil começa a se mobilizar. Primeiro os lojistas da Azenha denunciando que as estações estariam com grandes grupos econômicos por trás e que seria a quebradeira do comércio de rua, e agora é a mobilização pelo largo Zumbi dos Palmares (Leia o próximo post).
Technorati Tags: Bogotá, transporte
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