Classe média vai ao paraíso
Neste feriado fui à Livramento com a patroa. São mais de 500 km de chão, o suficiente para deixar a gente enjoado de ver asfalto. Mas ao contrário do senso comum, a viagem foi muito agradável e fluiu tranqüila.
Na ida paramos em Rio Pardo para conhecer esta cidade que já foi capital da República Farroupilha. Sua arquitetura é divina e bem conservada, permitindo imaginar como eram as povoações no início do século XIX. Almoçamos na praia da cidade onde há um restaurante a beira do rio Jacuí onde servem uma traíra frita fabulosa. Na ausência de estradas, a interiorização possível naquela época era via fluvial conectando Porto Alegre até Rio Pardo e a partir dali por terra sobre lombo de jumentos. Rio Pardo é uma das cidades mais antigas do estado.
Seguindo à Livramento os campos estavam verdes e forrados de flores que alternavam roxo e amarelo, gado de várias raças, capões e trigais verdes. A paisagem estava linda como só a primavera pode nos proporcionar.
Chegando a Livramento encontramos a cidade lotada, hotéis caros e ruins e muita gente comprando. As lojas do free shop estavam lotadas e logo se percebe a razão. Tudo é muito mais barato, menos da metade do preço em quase todas as modalidades, de pneus à chocolate. Eletrônicos com pouca variedade, que sobra nos perfumes e queijos uruguaios e vinhos argentinos. É uma festa, muita gente comprando com a famílias inteiras da vó aos netos. Encontrei até deputado gaúcho na farra das compras, e vários conhecidos.
A volta no domingo pela manhã bem cedo com estrada livre sem caminhões e nada de fiscalização. Não estava preocupado com alfândega, pois comprei pouco, mas todos que conversei tinham várias dicas de como burlar a aduana. Cheguei em casa pelas quatro da tarde no horário novo. Adorei.
Technorati Tags: Livramento, Rivera, compras, feriado
Powered by ScribeFire.
2 comentários:
Doutor, o rio Jacuí sempre foi navegável até Cachoeira do Sul, portanto, bem adiante de Rio Pardo.
Abç.
Doutor:
Trata-se da República Rio-grandense e não República Farroupilha, como saiu publicado.
Saudações revolucionárias.
Um forte abraço,
Eduardo Stein.
Postar um comentário