Mó-réu!
Chega a ser engraçado quando olho para trás e vejo as lideranças sindicais gaúchas classificando negativamente a CPI e colocando todas as fichas no processo de impeachment. Foi um erro astronômico, de graves conseqüências políticas.
A constituição estadual tem um rito previsto para o impeachment bastante complexo, com quatro etapas e participação proporcional dos depuados em cada uma delas. Agora estamos na fase de admissibilidade do pedido e uma comissão formada por 29 deputados, sendo 17 governistas. entre os governistas estão o presidente, Pedro Westphalen (PP), e a relatora, Zilá breitenbach (PSDB).
O presidente da Assembléia buscou os documentos em Santa Maria, montou um grupo de análise da documentação e deu encaminhamento ao impeachment após quase um mês de estudo. A comissão de impeachment em uma semana aprontou seu relatório.
Zilá fez seu relatório para a comissão sem fazer uma reunião sequer! Fez o relatório sem ouvir nenhum deputado. A oposição solicitou quatro reuniões extraordinárias que foram negadas pelo presidente Pedro Westphalen e era isto. O relatório vai a votação na semana que vem e o processo de impeachment será enterrado definitivamente.
Enquanto isto, a CPI já começa a ouvir os ex-presidentes do DETRAN. Em clima de verdadeiro inquérito a temperatura começa a subir e renderá muito desgaste ao governo até o final do ano.
Os movimentos sociais erraram em apostar todas as fichas num processo de excessão dentro de um parlamento burguês e dominado pela direita corrupta do estado. A CPI é o instrumento das minorias e pode muito mais em termos políticos e práticos.
Veremos.
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2 comentários:
Repito o que já comentei algumas vezes: se para alguma coisa essa fascystóide corrupyta serviu, foi para desnudar completamente o esquema de poder político da direita gaúcha, particularmente o seu financiamento partidário no governo estadual. O esquema se desnudou pelo seu gigantismo, pelo tamanho do frentão anti-PT (quando fica muito mais difícil contentar a todos), pelo tamanho da prepotência e autoritarismo da corrupyta, e porque estamos no século XXI, claro, com a PF nas mãos do Governo Lula.
Daí a esperar mais, na ausência de uma mobilização popular mais forte, é ingenuidade. Mas faça-se justiça: até está-se tentando, mas sem maiores resultados práticos... não se pode esquecer que o RGS está vivendo uma onda retrógrada politico/eleitoral, em parte pela fragmentação das esquerdas. Cabe a nós reverter este quadro, e não sem muito trabalho e lucidez política.
Acho que foi uma boa tentativa. Tb era necessário pedir o impedimento da louca do Piratini. Mas eu compreendo o teu post, Agente! Pq tb temos a oposição ao PT dentro da própria esquerda e foi/é necessário marcar posição.
Concordo em gênero, nº e grau. O voto em separado do PT, na CPI do Detran, permitiu a ação de improbidade administrativa, bem como expôs atores que não haviam sequer sido citados naquela: o Záchia e o Antunes.
Então, o melhor caminho de ação, na ALERGS, é a CPI sem sombra de dúvida!
Quanto a certos sindicalistas, é melhor prestar atenção na divisão da categoria com a nova legislação das centrais sindicais. O Governo Lula tem enorme responsabilidade nisso...
Abraço!
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