sábado, junho 14, 2008

VIOLÊNCIA E CORRUPÇÃO NO GOVERNO YEDA CRUSIUS



Nem reza forte vai salvá-la

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Por Marcelo Salles, da redação

A Comissão Pastoral da Terra, o MST e outras entidades criticaram duramente o governo Yeda Crusius (PSDB-RS), acusado de corrupção e fraude na contratação de empresas pelo Detran regional, com um prejuízo estimado em R$ 44 milhões aos cofres públicos. Em nota divulgada nesta quinta-feira (12/6), movimentos sociais afirmam que a corrupção do governo tucano faz parte do mesmo projeto político que criminaliza os trabalhadores que lutam por seus direitos.

O Rio Grande do Sul vive um Estado de Exceção. Toda e qualquer manifestação social é reprimida com violência pela Brigada Militar sob ordens da Governadora Yeda Crusius. São freqüentes os episódios de trabalhadores e trabalhadoras algemados, feridos com balas de borracha e atingidos por bombas de gás lacrimogênio e pimenta. Professores, metalúrgicos, sem terras, desempregados... a violência do Estado contra os pobres é cotidiana nas abordagens da polícia para os trabalhadores, sejam nos bairros, sejam nos movimentos sociais”, diz a nota.

Para o Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul, a quadrilha atuava em diversas frentes. “O esquema contava com cerca de 10 (dez) advogados, entre os quais alguns de grande renome em seu meio, cinco profissionais de contabilidade, dois economistas, psicóloga, administradores de empresas e engenheiros, dentre outros. Vários deles, ainda, acumulavam funções acadêmicas, sendo ‘formadores de opinião’ no seio acadêmico”.

Além disso, o MP reconheceu a participação de órgãos de imprensa e agências de publicidade na proteção da imagem do grupo. “Os denunciados integrantes da quadrilha não descuidavam da imagem dos grupos familiares e empresariais, bem assim da vinculação com a imprensa. O grupo investia não apenas na imagem de seus integrantes, mas também na própria formação de uma opinião pública favorável aos seus interesses, ou seja, aos projetos que objetivavam desenvolver. A busca de proximidade com jornais estaduais, aportes financeiros destinados a controlar jornais de interesse regional, freqüentes contratações de agências de publicidade e mesmo a formação de empresas destinadas à publicidade são comportamentos periféricos adotados pela quadrilha para enuviar a opinião pública, dificultar o controle social e lhes conferir aparente imagem de lisura e idoneidade”.

Os movimentos sociais que atuam no Rio Grande do Sul também chamaram a atenção para a relação do governo Yeda Crusius (PSDB-RS) com empresas acusadas de causar danos ao meio-ambiente. “A corrupção também é institucionalizada e formalizada nos financiamentos de campanha. A Governadora foi financiada por grandes grupos financeiros e por empresas transnacionais. Apenas três empresas de celulose - Stora Enso, Aracruz Celulose e a Votorantim - doaram meio milhão de Reais para a campanha Yeda. E o agradecimento às doações são pagos em políticas da governadora: desregulamentação ambiental para beneficiar a compra de áreas por papeleiras, fechamento de salas de aulas e turmas de Educação de Jovens e Adultos, privatização do Banrisul, concessões fiscais aos financiadores da sua campanha”, afirma o texto.

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