Droga maldita
Conversando com amigos ouvi uma versão estranha sobre a questão das drogas e do crack especificamente. Os maiores consumos proporcionais de crack no Brasil seriam o Rio Grande do Sul e Minas Gerais, seguido de perto de São Paulo. O crack não conseguiu se implantar com maior força no Rio de Janeiro porque os traficantes perceberam o perigo da droga e sua baixa rentabilidade.
O crack tem um preço baixo se comparado com outras drogas, mas sua dependência é tão violenta que o drogado mergulha numa barrafunda sem fim com muita velocidade. Em dois ou três meses um grande número de viciados já vendeu tudo o que tem e sem mais recursos pode passar a assaltar. Os traficantes do Rio perceberam a deterioração de seus vendedores e compradores. Qual a vantagem econômica de receber aparelhos de som, telefones e outros objetos e não dinheiro? Nenhuma.
No Rio o crime organizado se depura, enquanto isto a coisa corre solta aqui no estado e cada vez mais gente se entrega para esta droga destruindo famílias inteiras. Há cinco anos era coisa que se ouvia na TV, ultimamente está a cada dia mais próximo. São vizinhos e amigos que lutam desesperadamente para sair desta sem muito suporte ou sucesso.
Observatório da Imprensa
O presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, coronel da reserva da PM de Minas Gerais Severo Augusto da Silva Neto, diz: "Para o traficante não é interessante tocar fogo no ônibus com gente dentro. O crack deixa o menino mais louco, mais dependente e mais inconseqüente. Nós temos de nos preparar para enfrentar essa mudança de demanda, de mercado, mesmo".Qual a saída sem a participação efetiva dos pais e cobertura do estado?
Um comentário:
Prezado Agente 65,
Muito pertinente este teu comentário a respeito desta praga maldita.
Gostaria de deixar aqui registrada a minha opinião a respeito deste espinhoso tema. O Estado deveria endurecer as leis contra o tráfico, principalmente aquelas que visam quebrar o seu braço financeiro. O dinheiro assim arrecadado poderia ser empregado no auxilio às familias dos que caíram nas suas garras e na recuperação dos mesmos. Sou a favor de penas severas sem direito a nenhuma espécie de progressão dos que forem condenados por tráfico de drogas. Em resumo: para os traficantes cadeia, para os viciados e suas familias ajuda estatal.
Sei que como quase tudo, é necessário muita vontade política. Pois sabemos dos interesses que estão por trás deste estado de coisas. Mas não devemos desistir de lutar.
Saudações,
José Luís.
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