quinta-feira, maio 22, 2008

Canalhice da Zero Hora


É só jogadinha e canalhice!!!!

Nesta quinta-feira os gaúchos puderam ver a que ponto chegou o jornalismo guasca. Zero Hora mancheteia em letras grandes que a arrecadação de impostos bate recorde mesmo sem CPMF, vinculando as sucessivas arrecadações recordes obtidas no governo Lula com a nova discussão de reintrodução da CPMF.
Primeiramente a CPMF foi derrubada no congresso sob a discussão acirrada do governo com a oposição sobre sua alícota, ali o governo errou em não ceder para um índice menor e acabou por má avaliação achando que ganharia de qualquer maneira e perdeu. Toda a oposição que votou contra fez declaração de voto na imprensa se dizendo defensores da contribuição que o governo poderia reapresentá-la para 2009 com um índice menor que todos votariam à favor. Dito e feito, a proposta de reintrodução da CPMF passou pelo senado federal por UNANIMIDADE, acordado entre as bancadas. A proposta agora na câmara passou a ter uma postura diferenciada da oposição que quer bombardear a proposta anteriormente acordada.
Voltando à Zero Hora, tanto na capa como na página 6 onde seguiu a matéria, o jornal simplesmente aponta o crescimento da arrecadação sem explicar como que isto ocorreu. Para ZH o crescimento simplesmente aconteceu, o leitor não entenderá o contexto econômico do país e nem o trabalho que o governo Lula está fazendo na área. Mas vamos às informações completas:


Estadao.com.br :: Economia :: Arrecadação cresce 12,6% no ano e é recorde
BRASÍLIA - A arrecadação de impostos e contribuições federais cresceu 11,44 por cento em abril frente ao mesmo mês de 2007 e 12,56 por cento no acumulado do ano, marcando novos recordes, mostraram números da Receita Federal nesta quarta-feira.

A divulgação dos dados ocorre em meio a discussões no governo para a recriação, com alíquota reduzida, da CPMF, tributo extinto pelo Senado em dezembro, para cobrir uma elevação de gastos com a Saúde prevista em emenda constitucional em tramitação no Congresso.

Para a Receita, a escalada de receitas tem refletido o crescimento econômico e fatores atípicos, como o recolhimento de impostos pagos em atraso após disputas judiciais, e não pode ser dada como certa.

"Parte do que estamos recolhendo advém de um novo patamar econômico", afirmou a jornalistas o coordenador-geral de Previsão e Análise da Receita, Raimundo Eloi de Carvalho.

As receitas do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido somados cresceram 17,5 por cento. Dez setores responderam por mais de 90 por cento desta elevação, com destaque para Atividades de serviços financeiros (+65 %), Veículos (+55,5 %) Comércio atacadista excluindo veículos (+18,3 %).
O momento está favorável a tal ponto que não apenas arrecadação bruta de impostos subiu, mas também a arrecadação previdenciária com grandes benefícios a todos os brasileiros que estão vendo pela primeira vez a redução do déficit da previdência. Eis os números:


Consciência Política
O ritmo intenso de contratações de trabalhadores com carteira assinada pelas empresas ajudou o déficit nas contas da Previdência a cair 8,1% em abril ante igual mês de 2007.

O crescimento da arrecadação em ritmo mais acentuado que as despesas também levou a Previdência a melhorar as contas entre janeiro e abril. O saldo negativo no período diminuiu 15,3% em relação a igual intervalo de 2007, passando de R$ 14,95 bilhões para R$ 12,66 bilhões, em valores já corrigidos pela inflação.

As despesas em abril subiram menos, 8%, para R$ 15,43 bilhões, por causa, principalmente, do aumento real dado ao salário mínimo (que é também o piso da Previdência) e à correção de 5% nos valores dos benefícios mais elevados.
A previdência e a arrecadação, portanto estão melhores porque a economia do Brasil está melhor e não cabe sofisma sobre isto. Zero Hora, incapaz de elogiar alguma ação positiva do governo Lula opta por omitir informação do seu leitor e conduzi-lo a discordar da nova CPMF cuja alícota está sendo sugerida em apenas 0,01%.... Na realidade trata-se uma postura radical do jornal que só beneficia aos sonegadores e tramposos que sem a CPMF ficam sem possibilidade de serem rastreados. Olha o release da Agência Brasil:


Arrecadação da Receita em abril bate recorde para o mês — Agência Brasil - Radiobrás
Brasília - A arrecadação dos impostos e contribuições pela Receita Federal bateu em abril recorde para o mês. No último mês, a Receita arrecadou R$ 59,754 bilhões. Isso representa 11,44% a mais do que o arrecadado em abril do ano passado, quando a Receita, descontada a inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), somou R$ 53,618 bilhões. No acumulado do ano, a arrecadação somou R$ 221,495 bilhões, 12,56% a mais do que nos quatro primeiros meses de 2007.
Esse crescimento ocorreu sem a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que foi extinta a partir de 1º de janeiro de 2008. Segundo a Receita, o resultado está ligado principalmente ao aquecimento da economia, que tem impulsionado as vendas, e à massa salarial.

O maior destaque no quadrimestre foi a arrecadação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que subiu 146,42%. Em janeiro, o governo elevou a alíquota do IOF para compensar o fim da CPMF. Os tributos que registraram maiores aumentos, além do IOF, considerando a inflação oficial do período, foram o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), com alta de 32,48%; o Imposto de Renda das Pessos Jurídicas (IRPJ), com alta de 23,38%; e o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), com crescimento de 21,5%.

Ou seja, é pura má fé e canalhice de um jornal que engana seu leitor e desinforma à serviço das elites brasileiras mais atrasadas.

2 comentários:

Anônimo disse...

Tem um jeito muito fácil de acabar com essa "lenga-lenga" de CPMF, excesso de arrecadação, etc... Não precisa criar imposto algum, basta regulamentar o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), que tem previsão constitucional. Em dois toques o andar de cima apoiará a nova CPMF. Vão-se os dedos, mas ficam os anéis. Darão as migalhas (CPMF) mas não deixarão mexer em seu rico patrimônio.

Anônimo disse...

Muito bom, Agente!