O Brasil de ponta
Não se pode esquecer as razões de tanta guerra e mortes no oriente médio da primeira guerra mundial até agora. Quase todas as nações colonizadoras estiveram ou ainda estão com seus dentes cravados no território arenoso dos deserto da região. Bilhões foram gastos para manter estas excursões e nada disto se deve à solidariedade entre os povos, à paixão pela terra santa, a beleza da paisagem, a religião dos seus habitantes, isto tudo é besteira, o motivo e a razão é uma só: a dependência energética mundial.
O oriente médio é o maior produtor de petróleo do mundo e regula sua produção e preço, estes países já provocaram grandes crises no mundo com as nacionalizações das empresas de petróleo que operavam por lá e depois com a alta dos preços organizados pela OPEP. Assim, os EUA, europa e antiga URSS passaram a ditar as cartas por aquelas bandas para garantir seus próprios abastecimentos e garantir o funcionamento de suas economia e manter as pessoas minimamente aquecidas no inverno, caso contrário regimes inteiros seriam depostos. Quem controla a matriz energética, controla tudo.
Os biocombustíveis são uma forte alternativa com muitos pontos à favor. Através deles se produzem quando queimados hidratos de carbono e que ao contrário dos hidrocarbonetos não produzem os gases causadores do efeito estufa responsável pelo aquecimento global, além disto são fontes energéticas renováveis e provém de plantações. A produção agrária é conhecida como uma das operações que mais envolve mão de obra e geralmente grupos familiares, portando seus estímulo gera empregos em escala gigantesca.
A questão é que, como está ocorrendo com a celulose que migra da europa para as américas (vide Aracruz, Stora Enso e outras), só pode produzir bioenergia quem possui sol e clima quente. Exatamente o que os países desenvolvidos não possuem, ou seja, a matriz energética saíria do seu eixo geográfico, o pólo arábico para o terceiro mundo. Apesar da instabilidade no oriente médio, com guerras e mortes, o fluxo de petróleo continua correndo à base de muitas divisas. Trocar o centro geopolítico da matriz energética modifica toda a geopolítica mundial e de modo mais instável para os países centrais que novamente ficariam à mercê e perderiam como tempo tudo o que investiram nos desertos arábicos.
Assim, quando assistimos as manifestações de oposição ao plano brasileiro de biocombustível baseado em tecnologia nacional e desenvolvido aqui, podem ter certeza que se trata de uma reação do sistema para nos impedir o protagonismo e abalar a matriz energética mundial e seu equilíbrio instável.
De fato a demanda de produtos agrícolas irá aumentar pela produção de energia e isto provoca intrinsecamente um aumento nos preços dos produtos e dos alimentos temporariamente, porém ao contrário do petróleo que tem sua matéria-prima finita, basta aumentar a produção agrícola, que se dará automaticamente, até novamente haver equilíbrio de oferta.
O que está em jogo é muito mais do que se está debatendo, pois pode significar uma nova geopolítica para o planeta, fiquem atentos.
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