quinta-feira, março 11, 2010

Repetindo a estratégia


A estratégia é derrotar o PT.


“Serei um dos grandes cabos eleitorais de Dilma no Sul” | Jornal Já - Porto Alegre, Rio Grande do Sul
A frase é do vice-prefeito de Porto Alegre, José Fortunatti, em entrevista à Zero Hora desta segunda feira, 8.
É uma declaração política bombástica, num momento em que o partido de Fortunatti pende para uma aliança com o PMDB gaúcho, que por sua vez reluta em apoiar a ministra chefe da Casa Civil, candidata à sucessão de Lula.

Fica clara a estratégia de Fogaça (PMDB) e Fortunatti (PDT) para derrotar Tarso Genro (PT) na eleição ao governo do estado este ano, repetir a estratégia vitoriosa de 2004 que derrotou a Administração Popular após quatro gestões a frente da capital gaúcha. Fogaça usou à exaustão a idéia que manteria tudo de bom e melhoraria e o que estava ruim.
Agora com a legitimidade de Lula assentada em uma popularidade inédita de mais de 80%, fica constrangedor fazer campanha contra a administração federal petista. Todos fazem as contas e percebem que é suicídio. Se em 2004 a estratégia era nos roubar o discurso e avançar, agora é nos roubar a defesa de Dilma (PT) e do governo Lula.
Simon (PMDB) já modula seus discursos há alguns meses e Fogaça se faz apresentar nas agendas nacionais que ocorrem em Porto Alegre e diz que não teria problemas em apoiar Dilma (PT). Esta nova declaração forte de Fortunatti é emblemática, quer se constituir no principal cabo eleitoral de Dilma no estado, mesmo não tendo nenhum secretário petista em seu próprio futuro governo.
Nos roubaram o discurso em 2004 e agora querem nos roubar a candidata, já deu certo uma vez.




Powered by ScribeFire.

Um comentário:

Luís disse...

É isto mesmo... bobo ele não é, até porque foi re-eleito, na pequena tragédia portoalegrense.
Gestor ruim, cercado de corruptos e incompetentes, sem políticas públicas nos mais variados setores, consegue enrolar muito bem. Para isto conta com a decisiva blindagem da grande imprensa, claro; conta com a direitização e o apoio da maioria dos partidos gaúchos; mas também conta - ou contava, espero - com o beneplácido de largas camadas da oposição.

E o Fortunatti é mais um que restou à direita, a ser peão da direita... cada um constrói o futuro que lhe é próprio, afinal.