domingo, abril 18, 2010

Guerra ao Terror


A guerra é uma droga e o filme também.

Pois resolvi assistir um DVD pirata do tal ganhador do Oscar deste ano, "Guerra ao Terror". Aclamado pela crítica no exterior e muito eleogiado pelos brazucas entendidos em cinema. Assisti no cinema o derrotado Avatar e fiquei impressionado com a qualidade e profundidade dos temas abordados, fato raro em enlatados americanos.
Guerra ao Terror é um filme lento. As tomadas são longas e os poucos diálogos tentam ser existencialistas, mas são rasos e nada dizem ao público universal. Há uma cena interminável em que o protagonista mata "rebeldes" à tiro sem nada acrescentar ao enredo! O filme tenta passar uma idéia de anti-herói americano em terra hostil onde o protagonista é meio maluco, um parceiro descompromissado com a vida e outro perturbado pela guerra. O filme vai indo e conforme vai passando se percebendo que não terá fim e de fato não há final, bom ou mau.
O filme não aborda o fato do Iraque ser um país invadido pelas forças americanas,  não questiona o papel do imperialismo e ainda tenta caricaturizar a resistência como despropositada e gratuita, como se lutar contra o invasor não bastasse. Mas isto seria esperar muito de um filme americano bem mais-ou-menos.
A mídia tem forçado a barra com elogios ao filme e à direção, mas honestamente não há nada nele que mereça destaque além da boa fotografia, para mim não passa de um abacaxi, o filme é uma bosta.


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Um comentário:

Luís disse...

AVATAR é um filme espetacular, mas "juvenil", e GUERRA AO TERROR é um filme "adulto", que devolve uma certa "devoção realista" do público norte-americano à sua política externa. Mas não é um filme tão ruim, não.