sábado, novembro 07, 2009

Feliz aniversário, Lev Davidovich Bronstein


Tumulo do herói russo


Já falei sobre isto antes. Lev foi um judeu ucraniano filho de própero agricultor, nascido em 1879. Jovem ainda foi enviado para Odessa estudar numa escola secundária alemã. Cedo tornou-se populista e atacado pelos marxistas até o final de 1896. Em 1898 foi preso pelo regime czarista pela primeira das inúmeras vezes. Exilado na Sibéria em 1900, fugiu em 1902 usando um passaporte falso com o nome Trotsky, nome de um carcereiro nos tempos de Odessa.
O destino de sua fuga foi Londres onde colaborou com Lênin no jornal revolucionário Iskra (Centelha). Na cisão do Partido Social Democrata Russo, foi uma das principais liderança da fração Menchevique (minoria). Em 1905 retorna à Rússia para a derrotada tentativa revolucionária, onde foi presidente do primeiro soviete de São Petersburgo. condenado ao exílio perpétuo, novamente na Sibéria. Em 1907 consegue novamente escapar e em Viena funda o Pravda (Verdade),  distribuído clandestinamente na Rússia, este jornal foi uma das publicação revolucionárias mais populares da época. O Pravda "vienense" de Trótski propugnava pela união das facções social-democratas russas, buscando superar intrigas políticas sectárias.
Não vou aqui contar toda a história deste líder revolucionário amado e odiado ainda até hoje, que divide opiniões e causa muita polêmica mesmo 70 anos após seu assassinato. Para isto recomendo a fantástica obra de Isaac Deutcher.




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2 comentários:

jornalaico disse...

De onde é a foto que ilustra esse texto?

jornalaico disse...

Comentei em outro post, repito aqui:
Tudo que se disser sobre Trotsky é pouco. As opiniões apaixonadas que provoca ainda hoje impedem que se veja o óbvio: ele foi a maior personalidade do século XX, embora tenha morrido em 1940. Nenhum outro ser humano teve uma vida tão rica e tão influente nos anos 1900 quanto ele. Nenhum talvez em toda a história tenha sido ao mesmo tempo homem de ação e intelectual tão brilhante, revolucionário e escritor. A obra literária de Trotsky já impressiona por seu conteúdo e estilo. Quando sabemos que ele a escreveu nas horas vagas em que liderava o soviete de Petrogrado, maior organização popular da história, e o Exército Vermelho, que garantiu a vitória da revolução, aí então é espantoso. Não é possível compreender o século XX sem conhecer Trotsky. Como foi banido pelo stalinismo, que ainda hoje existe por aí (o próprio Hobsbawmn, maior historiador do século, mas ex-stalinista, não lhe faz justiça), e como sua lembrança provoca horror nos capitalistas, Trotsky continua praticamente ignorado pelas novas gerações. Elas não sabem que nas décadas de 1920 e 1930 ele era a maior figura pública do mundo, respeitado por todos os grandes homens de todos os países. Para resumir numa frase: comparado a Trotsky, Che é pinto.