sexta-feira, agosto 21, 2009

Tamiflu não é o que vendem

Gripe suína beneficia Tamiflu de Donald Rumsfeld?

O medicamento chamado Tamiflu, desenvolvido por um laboratório manejado por Donald Rumsfeld, ex-ministro de defesa de Bush, obterá grandes lucros com a atual epidemia de influenza ‘A’, segundo a imprensa independente, a diferença dos grandes meios de c

O Tamiflu, inventado por Gilead Sciences Inc. e recomendado inclusive pela Organização Mundial de Saúde (OMS) seria até agora um dos poucos tratamentos eficazes para curar a gripe causada pelo vírus H1N1, causador dos brotes da chamada influenza no México e EUA. Rumsfeld foi presidente da Gilead desde 3 de dezembro de 1997 até assumir o cargo do Pentágono, em 2001; porém, conserva seu pacote de ações na empresa.


Posteriormente, Gilead vendeu os direitos sobre o Tamiflu para os laboratórios Roche, cujas ações foram beneficiadas na bolsa durante a epidemia de gripe aviária. O medicamento é fabricado a partir do anis desde que foi inventado, no início dos anos 90, quando surgiu a enfermidade que devastou os galinheiros da Ásia em 2005-2006 e causou grande mortalidade em seres humanos, quando Rumsfeld era chefe do Pentágono, cuja "missão também consiste em promover experimentos bacteriológicos com fins militares".


O vírus da gripe aviária foi manipulado geneticamente para que fosse transmitido aos seres humanos nos laboratórios fármaco-terroristas do exército dos Estados unidos, em Fort Dix, Nova Jersey, em 1976, causando então a morte de vários soldados. Existe a justificada suspeita de que essa nova versão H1N1 tenha uma procedência similar.


A pergunta é se alguém como Rumsfeld ou seus sócios terão responsabilidade na difusão desse vírus geneticamente modificado, porque até o momento, nenhum porco apareceu doente em nenhum lugar do mundo. Em resguardo da inocência suína a respeito da epidemia de gripe, na Europa propuseram que melhor se chame "nova influenza" para dissociá-la do quadrúpede, cuja carne agora poucos querem ingerir.


A mutação do vírus H1N1 bem pode ter sido também fabricada em um laboratório. Trata-se de uma "forma nunca antes vista da gripe que combina vírus de porco, de aves e de seres humanos", em uma mescla intercontinental de vírus da América do Norte, da Europa e da Ásia, comentaram para a Associated Press funcionários do Centro para o Controle e Prevenção de Enfermidades dos EUA (CDC, em inglês). Definitivamente, o vírus não ataca os porcos, mas os humanos.


Todos os países do mundo estão agora comprando grandes quantidades de Tamiflu, cujo principal consumidor tem sido o Pentágono, que o tem dado às tropas dos Estados unidos para uso obrigatório desde que Rumsfeld chefiou o Pentágono. Desde então, os lucros da Roche e da Gilead Sciences Inc. aumentaram em vários bilhões de dólares. O preço normal do Tamiflu passa de 40 dólares.


Não seria a primeira vez que nos EUA experimentam com seres humanos, seja com fins militares, de negócios ou por sua ideologia de "luta permanente pela liberdade". Inclusive, Washington tem feito experimentos criminosos com seus próprios concidadãos, por exemplo, em 1945, quando 73 alunos de uma escola pública de Massachusetts receberam colheradas de isótopos radioativos juntamente com leite e aveia, dados no café da manhã. Nesses anos, a ciência militar estadunidense conhecia o poder destrutivo da energia atômica; porém, pouco sabiam sobre o efeito radioativo em seres humanos.


Desde os anos 40 até a década dos 90, os Estados Unidos experimentaram armas químicas e bacteriológicas com habitantes de seu próprio país em diferentes cidades, desde San Francisco até Nova York. Os juízes rechaçaram nos anos 80 e 90 as demandas de reparação das vítimas e dos familiares daqueles que faleceram invocando a doutrina da "imunidade do governo".


Em 1994, o então presidente William Clinton apresentou "desculpas sinceras", assegurando que uma "nova geração de líderes dotados de ética" não repetiria essas práticas, formulando questionamentos deontológicos que outros rotularam de simples "traição". Hoje poderiam existir novos abusos secretos, inspirados pela indústria farmacêutica e por personagens do mesmo perfil de Rumsfeld, capazes de qualquer crime com vistas a "travar a luta contra o terrorismo", outro negócio tão lucrativo quanto as próprias guerras.


A epidemia tem levantado uma cortina de ferro para que as pessoas se esqueçam dos grandes problemas que atingem a humanidade, manipulada pelos grandes meios de comunicação, que deixaram de lado as notícias sobre a profundidade da crise financeira nos EUA, a ineficácia da política de "salvataje" dos grandes bancos, a crise moral que Obama enfrenta acerca do castigo ou da impunidade para os torturados de paletó e gravata do Pentágono, a profunda crise mexicana, Estado narcotráfico, que atinge diretamente a governabilidade do país.


As mortes atribuídas ao novo vírus todavia estão abaixo de taxas normais de mortalidade provocadas ordinariamente no mundo pelos resfriados e pela influenza comum e corrente. A OMS eleva a gravidade da epidemia na escala de 1 a 6, situando-a em 5; porém, por que pede — ao mesmo tempo — que não sejam suspensas as viagens? Ao contrário, em Cuba, um país que tem demonstrado saber bastante de medicina, fechou sua fronteira aérea com o México. Por quê? Qual é a verdadeira dimensão e origem dessa epidemia inflada permanentemente de maneira alarmista pelos grandes meios em todos os países?


*Ernesto Carmona é jornalista e escreve para o jornal Paralelo 2 do Chile.






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