domingo, maio 03, 2009

A Verdade sobre os juros

Este post eu chupei de "O Brasil que dá certo", bolg que eu recomendo.


Os juros reais no Brasil caíram de 4,4% para 3,5% esta semana, uma queda fantástica de 20%.

Depois de se tirar a inflação esperada de 6,5% pelo BC, (o limite superior da estimativa da meta inflacionária) e do IR de 20%, o aplicador hoje só receberá 1,5% ao ano.

PORTANTO, NÃO TEMOS A PIOR TAXA DE MUNDO. Finalmente estamos com juros de primeiro mundo. Como a maioria dos brasileiros ainda desconhece este fato, isto é uma enorme vantagem para os bem informados.

Significa enormes mudanças estruturais e oportunidades. Empresas endividadas terão vantagens pela primeira vez em 50 anos. Fundos de pensão não poderão continuar a aplicar a grande maioria de seus recursos em renda fixa.

Tivemos por 500 anos um capitalismo sem risco, patrocinado por uma série de governos incompetentes que absorviam 80% da poupança nacional para cobrir seus déficits com dívidas públicas.

Com juros reais de 1,5% a 3,5%, aplicadores terão de assumir riscos para obterem as rentabilidades que obtinham anteriormente, pois riscos não são mais garantidos pelo governo.

VAMOS REPETIR. A Queda de Juros foi de 20%, e não de 1%, como noticiado.

Os juros reais, os verdadeiros juros, minha gente, são de 1,5% a 3,5% ao ano depois do IR. Precisamos espalhar isto pela internet para avisar a real situação da nossa economia. Juro é sempre o Real, e não o Irreal.

Pagando 1,5% de juros líquido, o governo Lula poderá reduzir a dívida interna ainda mais, porque vão sobrar recursos para tal. Divida interna poderá chegar a 29% do PIB ainda neste governo.

Pessoalmente, estou pulando de alegria com esta ignorância toda. Imaginem o que vai acontecer com a Bolsa daqui para frente. Vai subir 5 vezes em 10 anos, mais ou menos. Dá para comprar ações lentamente, sem pressa, porque poucos estão sabendo.

Um comentário:

Anônimo disse...

É meio cedo para esses arroubos de alegria.
Pelo que sei, o juro brasileiro nominal ainda é o maior ou está entre os tres maiores.
Ocorre que o Brasil guarda ainda do tempo que foi recolonizado pelo FMI o hábito de incluir no juro, como se fosse brinde, a inflação projetada e o risco-brasil.
Dois artifícios pró-credor que são discutíveis.
Isso poucos fazem.
Taxa de juro é o custo do dinheiro. Só isso.
E esse custo não traz embutido, gratuitamente, de modo perpétuo, a garantia de ganhar da inflação. Isso a poupança tentava fazer, mas o juro de um país soberano não se obriga a tanto. E o credor da fazenda pública não é o coitadinho da poupança, que precisa ser incentivado.
As vezes a taxa selic deveria ganhar, as vezes perder da inflação, as vezes empatar, mas não guardar relação direta.
SÓ em país escrvizado pelo capital financeiro.