Adital - Ex-preso político retorna ao país após 30 anos encarcerado nos EUA
Após 30 anos encarcerado nos Estados Unidos, Carlos Alberto Torres saiu, ontem (26), em liberdade. A expectativa é que o ex-preso político desembarque, na tarde de hoje, no aeroporto Luis Muñoz Marin, em Carolina, Porto Rico, onde será recepcionado por artistas e militantes pela libertação porto-riquenha. Apesar das lutas e manifestações, Porto Rico ainda sofre com a colonização estadunidense e, desde 1952, vive na condição de Estado Livre Associado.
Torres estava preso nos Estados Unidos desde 1980 sob a acusação de conspiração sediciosa e de ser membro das Forças Armadas de Liberação Nacional. Apesar da liberdade e do retorno a Porto Rico, o ex-preso político não poderá estabelecer relações completas com outros prisioneiros libertos também acusados de conspiração sediciosa.
A ideia é que Torres seja recebido hoje no aeroporto de Porto Rico com o hino revolucionário "La Borinqueña", interpretado pelo cantor nacional Andy Montañez. Ativistas que lutam pela independência de Porto Rico aproveitarão a oportunidade e levarão bandeiras e cartazes representativos da liberdade.
A recepção apenas começa no aeroporto. À noite, a população porto-riquenha realizará um ato cívico-cultural na Praça de Recreo, em Rio Piedras, com apresentações de artistas como Andrés Jiménez "El Jíbaro", Chabela Rodríguez e Zoraida Santiago.
A libertação de Carlos Alberto Torres não é festejada apenas pela população porto-riquenha. O Comitê Internacional pela Liberdade dos Cinco enviou hoje, desde Cuba, um comunicado em que expressa contentamento em saber que Torres foi posto em liberdade "depois de 30 anos de injusto cárcere em prisões dos Estados Unidos".
Além disso, ressalta que Torres é um exemplo de resistência e dignidade. "Seu regresso à pátria nos enche de alegria e nos dá forças para continuar o reclamo de liberdade imediata para Oscar [López Rivera], independentista boricua que leva 29 anos preso, e os cinco patriotas cubanos que cumprem injusta prisão em cárceres de EUA há 12 anos", comenta.
Histórico
Não é de hoje nem de 30 anos atrás a luta de porto-riquenhos e porto-riquenhas pela independência. Mais precisamente, a resistência ao país norte-americano começou há 112 anos, no dia 25 de julho de 1898, quando a marinha de guerra dos Estados Unidos invadiu Porto Rico e o território tornou-se colônia estadunidense.
Desde esse período, a população realiza ações contra as imposições dos Estados Unidos, as quais vão desde a determinação da cidadania norte-americana para o povo de Porto Rico à exigência do serviço militar obrigatório aos jovens de lá. Além disso, a população ainda enfrenta o controle do sistema tarifário e do comércio exterior, a exploração de trabalhadores, a dependência econômica, entre outros pontos.
No dia 25 de julho de 1952, Porto Rico passou a ser chamado de Estado Livre Associado, posição que, segundo destacam os lutadores independentistas, em nada mudou a condição de colônia, pois continua a sofrer imposições de leis do Congresso estadunidense. Controle de imigração e emigração, expropriação de terras, controle de aduanas e comércio exterior são apenas algumas situações que mostram a imposição estadunidense sob a nação porto-riquenha.
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2 comentários:
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