terça-feira, fevereiro 03, 2009

Gente sem noção


Fazendo o seu melhor.


Li em algum lugar sobre a nova edição do tal "Big Brother Brasil" da Globo e me pus a pensar sobre o gênero humano. O programa junta duas dezenas de pessoas, na maioria jovens sarados, e os obriga a conviver confinados e sujeitos a uma série de humilhações chamadas de provas e o público assite sucessivas intrigas infantis de uns contra os outros.
Como nas versões anteriores, surpreende como conseguem se ocupar num ócio permanente e não sentem falta de fazer algo de útil. As falas são nauseamente repetidas e se focam na autenticidade e sinceridade, mesmo todos sabendo que estão num jogo de estratégia que não pode prescindir de astúcia e vilania. É como jogar pôquer e pregar moral contra o blefe.
Na falta de qualquer valor mais profundo ou capacidade de articulação, os assuntos são muito aquém da trivialidade. Nesta versão, dois membros eram da chamada "melhor" idade. Ao invés de esteio de bom senso, os dois se colocam no centro das intrigas e colecionam frases sem sentido algum enfatizando um fosso de contradição permanete.
Mas o mais interessante eu li esta semana. O apresentador do programa, Pedro Bial, tenta ser descontraído nas conversas, mas dá a imressão que se perturba com o que lhe dizem no ponto e acaba por falar bobagens sucessivas. Chegou ao ponto de perguntar a uma das participantes se a relação que estava tendo com um dos colegas tinha motivação com seu corpanzil. Ora, ora.
A tal moça (Priscilla) busca vestir-se com o mínimo de tecido possível, tenta bater um recorde. Suas formas são volumosas de cima a baixo, um conjunto de coxas, bunda e peitos que mais parece uma versão chester de ser humano. Do tipo gostosona com bastante enchimento, silicone imagino. Pois esta máquina de hormônios ficou indignada com a fala de Bial.
Acho natural que a gente se vista do modo como melhor lhe convém. Quisera eu me vestir só do jeito que gosto. Mas existem parâmetros que nos determinam e condicionam, isto é viver em sociedade. No Rio de Janeiro parece ser natural que as pessoas usem o ônibus só de sunga, sem camisa ou calçado. Mas quem vem de fora estranha, pois a roupa passa uma mensagem corporal.
As roupas sociais também. Num casamento, evento importante na vida de todos, usamos roupas especiais da mesma forma em outros eventos que pontuam nossas vidas como formatura, aniversários e etc. A roupa é a manifestação de cultura, ou falta dela. Todos os ritos de passagem possuem vestimentas adequadas, pois passam uma mensagem. Qual a mensagem de Priscilla? Nada justifica comentários maliciosos do Bial ou qualquer um, machismo não tem justificativa.
Mas fica na mente de todos, com aquela vestimenta e "exposição de motivos" como diria meu pai, qual a mensagem que passa? Qual o objetivo? Não vou responder, mas a resposta me veio à cabeça.

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