quarta-feira, outubro 24, 2007

Senado não dá exemplo


Tião quer mais transparência no Senado

Presidente iterino do Senado, Tião Viana (PT-AC) começa a arrumar inimigos.

ARKO ADVICE
Fracassou, ontem, a tentativa de abrir a caixa-preta dos gastos dos parlamentares com a verba indenizatória - R$ 15 mil mensais usados para despesas nos Estados. A proposta do presidente interino, Tião Viana (PT-AC), era de que os integrantes da Mesa do Senado decidissem pela disponibilização desses gastos na internet, mas eles preferiram consultar, em nova reunião, os líderes dos partidos. A verba indenizatória pode ser usada com deslocamentos, combustíveis, aluguel de escritórios e a sua manutenção, entre outros itens. Há, porém, a suspeita do uso de notas frias para justificar esses gastos - problema identificado na Câmara -, já que a verba é repassada mediante reembolso. A cada disputa existente no Senado, surgem boatos sobre o uso ilegal dessa verba, dispensada por dois únicos senadores: Jefferson Péres (PDT-AM) e Marco Maciel (DEM-PE). Na reunião de ontem da Mesa, Tião sugeriu ampliar a visibilidade da instituição. “Não é bom que o Senado tenha corredores escuros”, alegou. Por ora, a única decisão foi a de tornar obrigatória a publicação, no Jornal do Senado ou Diário do Congresso, dos pedidos de licença dos parlamentares. Sobre a verba indenizatória, Viana disse que o tema está em pauta. “Foi examinada a tese de tornar pública, como é na Câmara, mas não houve a concordância da maioria da Mesa e o assunto ficou de ser tratado com os líderes”, comentou. Para o senador, não há como recuar na idéia de abrir as contas da Casa. “É importante dar transparência à verba indenizatória. Se houver transparência, não haverá dossiês”, destacou, numa alusão velada à suposta estratégia lançada pelo presidente licenciado da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), para pressionar adversários.


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