sexta-feira, agosto 17, 2007

Celulares da Assembléia



Muito se fala dos tais celulares da Assembléia, mas pouco se aprofunda sobre o tema. Fui investigar e eis que surgem novos dados importantes. São 55 deputados estaduais no estado com direito a sete linhas para cada gabinete, totalizando 385 linhas. Como o número total de linhas na Casa do Povo é de 540, restam 155 linhas na administração da casa.
Das sete linhas telefônicas de cada deputado, uma é placa de modem (ZAP) utilizada no notebook e outra é para um handheld (palmtop com linha telefônica), ou seja, na realidade é o celular do deputado e mais cinco linhas usuais. Outra questão relevante é que o contrato da Vivo com a Assembléia inclui os serviços e os aparelhos que são consignados aos usuários indicados pelos gabinetes, as tarifas são corporativas e muito inferiores aos praticados para os clientes individuais. As tarifas são reduzidas mesmo para interurbanos.
Todos os meses as contas detalhadas são remetidas aos gabinetes discriminadas por aparelho e devem ser abonadas pelos chefes de gabinete. Não existe um limite estabelecido para as contas de celulares especificamente, estas despesas com outras de caráter administrativo são limitadas à cota de cerca de R$ 17 mil por mês. Neste valor somam-se postagens, telefonia, impressos, diárias, passagens, material de escritório, assinaturas de revistas e jornais e etc. Esta "cota" é gerenciada pelo gabinete, mas as compras, contratações e pagamentos são realizadas pela administração da casa.
Me preocupa nisto tudo é quem está com os 155 telefones celulares restantes que estão à disposição da Assembléia? Não seria um número excessivo? Ou quais os telefones de assessores gastam mais de R$ 200,00 por mês? Existem excessos?
Falta mesmo é transparência, não há como saber. Assim como não há como saber quais são os maiores salários da Assembléia, ao contrário do executivo que aponta quase 2.000 servidores na ativa ganhando mais de R$ 12 mil.
Fredy ou quem o suceder deve mexer nisto com firmeza, a população vai exigir mais rigor na gestão da coisa pública em nossa Casa do Povo.


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